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Mostrando postagens de março, 2008

resistência III

" (...) a resistência aos comandos da economia da cultura é reconhecida nos praticantes ordinários da cidade, na preservação de valores que opõem-se à lógica do mercado, em ações culturais nos espaços populares, na organicidade destes espaços e no próprio corpo, este território atingido por tantas formas de violência física e simbólica. Estas faces da resistência não se submetem ao discurso dogmático, a rápidas sínteses analíticas ou ao conceito pronto. Correspondem à experiência, ao gesto e à voz de muitos outros. Afinal, a cultura não é apenas mais um recurso ou fator econômico e, sim, o que sustenta e dá sentido à vida individual e coletiva.” [1] . [1] RIBEIRO, Ana Clara Torres. Cadernos PPG-AU/FAUFBA/. –Ano 5, número especial, (2007) –Ana Clara Torres Ribeiro (Org.). –Salvador : PPG-AU/FAUFBA, 2007.

resistência II

“Resistir hoje então é ter direito a uma território comum contra os guetos, as metapolarizações típicas da cidade privatizada: a do shopping, a do condomínio fechado, a das academias de ginástica, a dos carnavais fora de época, a do transporte seletivo etc. Mobilizar os territórios hoje então é pôr esses recursos comunicacionais, relacionais, informacionais, logísticos, culturais como comum a todos que habitam esses territórios. Não nos iludamos: o conflito social tende a ocupar cada vez mais a cidade, porque é nela que se encontro as redes de produção e o repertório de ativos, principalmente, da própria vida que é posto no processo de valorização. É por isso que hoje é necessário criar uma infraestrutura que permita aos movimentos sociais produzir, ao mesmo tempo, que luta.” [1] . [1] MALINI, Fábio. A expressão do comum nos territórios metropolitanos. Palestra proferido no Seminário Internacional Metapolarização e novas territorialidades, organizada pelo Grupo de Pesquisa Conexão Vix

resistência

Sobre resistir Nessa sociedade de controle, neste contexto biopolítico, “o que significa resistir? Será que essa palavra tem ainda algum sentido? Se há algumas décadas a resistência obedeceria a uma matriz dialética, de oposição direta entre as forças em jogo, onde havia um poder concebido como centro de comando e que caiba a todos disputar, com a subjetividade identitária dos protagonistas definida pela sua exterioridade recíproca e complementaridade dialética (dominante/dominado, colonizador/colonizado, explorador/explorado, patrão/empregado, trabalhador intelectual/manual, professor/aluno, pai/filho etc.), o contexto pós-moderno, dada sua complexidade, suscita posicionamentos mais oblíquos, diagonais, híbridos, flutuantes. Criam-se outros traços de conflitualidade. Talvez com isso a função da própria negatividade, na política e na cultura, precise ser revista. Com o diz Negri: ‘Para a modernidade, a resistência era uma acumulação de forças contra a exploração, que se subjetiva atrav